Morte de jovem após show em Porto Alegre: família contrata advogado para acompanhar inquérito

Denúncia apontada omissão no atendimento à universitária Alice Schulmann de Moraes, de 27 anos, que passou mal em casa noturna

Foto: Arquivo pessoal / Reprodução / CP

Representando a família da universitária Alice Schulmann de Moraes, de 27 anos, o advogado Juliano Tonial passou a acompanhar o inquérito da Polícia Civil, através da 4ª DP, sobre a morte da jovem após o show da cantora Luísa Sonza, no sábado passado, no Pepsi On Stage, em Porto Alegre. Conforme a denúncia, a vítima passou mal. A irmã dela e amigos, que a levaram até a ambulância de plantão no local, relataram que tiveram o atendimento negado. “Houve omissão no atendimento à Alice”, resumiu o advogado Juliano Tonial na manhã desta sexta-feira à reportagem do Correio do Povo.

“Pelos relatos que ouvi, já sobram razões para responsabilizar civilmente os envolvidos, no mínimo, porque tiraram de Alice a chance de sobrevivência. Isto parece muito claro”, enfatizou o advogado. “Mas precisamos acompanhar para entender todas as implicações”, ressalvou.

“O problema é aceitar uma morte que poderia, quem sabe, ser evitada”, opinou Tonal. “A Alice socorria animais abandonados e levava para casa para cuidar de vários. Mas quando precisou de atendimento foi deixada numa cadeira, no relento, no frio de Porto Alegre”, afirmou.

O inquérito, conduzido pelo delegado Alexandre Vieira, está na na fase de coleta de depoimentos de familiares, amigas, responsáveis pela casa noturna, produtores do evento e equipes da Transul e do Samu. Laudos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) também devem ser decisivos para a conclusão das investigações. O inquérito precisa ser entregue em 30 dias, mas esse prazo pode ser prorrogado.