Bolsonaro confirma que Brasil não vai aderir às sanções econômicas contra Rússia

Chefe do Executivo falou que líder ucraniano "desabafou" durante telefonema, realizado na última segunda-feira

Bolsonaro e Putin, durante visita do presidente brasileiro à Rússia | Foto: Alan Santos / PR

Após receber apelo do líder ucraniano Volodymyr Zelensky, o presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar nesta sexta-feira que o Brasil não vai aderir às sanções econômicas impostas contra a Rússia em função da invasão à Ucrânia.

Durante visita a um posto de combustível em Brasília, Bolsonaro comentou o telefonema que teve com o ucraniano, na última segunda-feira. “Ele desabafou muita coisa, né. Eu não retruquei, mantive a posição de estadista”, disse. “Nós não vamos aderir as sanções econômicas. Continuamos [com a posição de] equilíbrio. Se eu não tivesse essa posição de equilíbrio, você acha que teríamos fertilizantes no país?”, questionou.

Na sequência, o presidente defendeu o fim da guerra, iniciada em 24 de fevereiro deste ano, dias após ter visitado Moscou. “Uma guerra a gente tem que tentar acabar com ela, não aumentar a temperatura. O contato com Putin é 10, excelente. Estados Unidos voltou à quase normalidade. O Brasil é procurado pelo mundo todo.”

Telefonema
Zelensky informou nessa segunda-feira que conversou com Bolsonaro por telefone sobre exportações de grãos ucranianos, com o objetivo de evitar uma crise alimentar global e sanções contra a Rússia.

Até hoje, o chefe do Executivo brasileiro nunca condenou a invasão por parte da Rússia e manteve os laços comerciais com Moscou. Nas últimas semanas, Bolsonaro anunciou, inclusive, que “está quase certo” um acordo com a Rússia para a compra de diesel.

Leia mais:

Ucrânia e Rússia fazem acordo com Turquia e ONU para exportação de grãos