Após erro de liberação do DML, corpo de morador de Osório é sepultado pela família 

Na última terça-feira, Jorge Antônio Nascimento e Silva acabou sendo enterrado por engano em Porto Alegre

Foto: Ascom/IGP

Jorge Antônio Nascimento e Silva, de 52 anos, teve o corpo sepultado – dessa vez pelos próprios familiares, na manhã desta quinta-feira, no Cemitério Municipal de Osório, município onde residia. Na última terça, o homem, que morreu em casa, no litoral Norte, acabou sendo enterrado, em Porto Alegre, após um erro do Departamento Médico Legal (DML).

A família que recebeu o corpo de Jorge por engano tinha perdido um parente – que não teve a identidade revelada – de forma violenta e, diante disso, preferiu não realizar o reconhecimento facial. Já o morador de Osório morreu em casa, o que demandou o acionamento do DML. Como não havia expediente no Posto Médico Legal de Osório, o corpo teve de ser transferido à capital gaúcha.

O caso já é investigado pelo Instituto-Geral de Perícias, e não há prazo para a conclusão. Conforme a diretora em exercício do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Marguet Mittmann, o equívoco resultou de uma série de “pequenos acontecimentos” dentro dos procedimentos no DML. Quanto às punições, em caso da identificação de culpados, poderão ser, desde uma advertência verbal até uma demissão, conforme o impacto do erro cometido.

Para a liberação do corpo de Jorge ao destino correto, o IGP, que responde pelo DML, precisou realizar um procedimento célere e ágil, tendo sido necessário entrar em contato com o Poder Judiciário para fazer o processo de exumação do cadáver.

Polícia não vê indícios de erro intencional

A Polícia Civil também acompanha o curso das investigações. O titular da 10° Delegacia de Polícia de Porto Alegre, Ajaribe Rocha Pinto, disse que um inquérito só deve ser aberto caso seja registrado um fato criminal nas diligências do IGP. Contudo, o policial estima que não seja necessária uma apuração, uma vez que, “em princípio, não há indícios de erro intencional”.