O preço médio da gasolina nos postos de combustíveis deverá ter uma redução de R$ 0,15. A estimativa é do presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), James Thorp Neto. Mais cedo, a Petrobras comunicou uma redução de 5% nos preços da gasolina (ou R$ 0,20 por litro). Uma das consequências do anúncio é o impacto no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que poderá ter um recuo de 0,05 ponto percentual em julho e de 0,10 ponto percentual em agosto, conforme economistas.
Isso porque a coleta do indicador termina daqui a 10 dias e, como o impacto da gasolina é de 6,5% no cálculo do IPCA, haverá um impacto para baixo no indicador. Há quem admita a possibilidade de deflação em julho ou agosto.
Conforme o dirigente da Fecombustíveis, o anúncio refere-se à gasolina tipo A, sem adição de etanol, enquanto o vendido nos postos é o do tipo C, composta por 73% de gasolina e 27% de etanol. Entretanto, segundo Thorp, essa queda depende de cada distribuidora e da decisão individual de cada empresário pois os preços dos combustíveis são estabelecidos livremente no país.
O presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, definiu a redução pela Petrobras como “tecnicamente acertada” e “coerente”, um primeiro sinal de que a atual gestão da estatal pode respeitar o preço de paridade internacional.
“De fato, as janelas para importação estavam abertas para gasolina e para o diesel. Para a gasolina, havia uns seis ou sete dias. Então, faz sentido a movimentação feita pela Petrobras. A companhia foi coerente com o compromisso de praticar o preço de paridade internacional (PPI)”, disse.
Ele faz referência ao momento em que se torna vantajoso ao importador trazer combustível de fora para comercializar no mercado doméstico, justamente quando os preços da Petrobras estão acima ou pelo menos alinhados aos praticados no exterior.