A Caixa Econômica Federal está fazendo uma série de mudanças em sua estrutura corporativa após a troca na presidência, no final de junho. As principais mudanças são a migração da corregedoria do banco para o guarda-chuva do conselho de administração. Antes, a área era submetida à presidência da Caixa.
No mês passado, o então presidente, Pedro Guimarães, deixou o banco após ser alvo de denúncias de assédio sexual por funcionárias da instituição, negadas por ele. À época, relatos davam conta de que investigações internas a partir de denúncias anteriores não haviam prosseguido, e que parte delas havia chegado ao conhecimento da presidência.
A nova presidente da Caixa, Daniella Marques, tem prometido investigação séria sobre as denúncias, bem como punições, caso necessário, a quem precisar ser punido. Em comunicado, o banco informou que a mudança visa reforçar a autonomia e a isonomia de atuação da corregedoria da Caixa. Além dessa mudança, o banco está alterando a estrutura e os ocupantes de algumas de suas vice-presidências.
Serão fundidas as áreas de Estratégia e Pessoas e de Logística e Operações, dando origem a uma nova vice-presidência, de Gestão Corporativa, que será ocupada por Danielle Calazans. Adicionalmente, a Caixa criou uma vice-presidência de Sustentabilidade e Empreendedorismo, para fortalecer sua atuação nas duas áreas. O comunicado não informa quem ocupará a cadeira.
Também houve mudanças na vice-presidência de Rede de Varejo, que passará a ser ocupada por Júlio Cesar Volpp Sierra. A atual VP de rede, Camila Aichinger, ex-presidente da Caixa Seguridade, foi destituída do cargo, assim como o VP de logística, Antonio Carlos Ferreira, também citado em denúncias de funcionários. Os dois voltarão a compor o quadro de empregados do banco, de acordo com o comunicado.
(*) com Correio do Povo