O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS) de julho, divulgado nessa segunda-feira, 18, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), repetiu o resultado de junho, permanecendo em 57,4 pontos. Quando acima de 50, o Índice indica a presença de confiança. Quanto maior, variando de zero e cem pontos, mais intensa e disseminada ela está entre os empresários. A pesquisa consultou 223 empresas sendo 49 pequenas, 75 médias e 99 grandes, entre 1º e 11 de julho.
“As condições atuais e as expectativas, que são os dois componentes da pesquisa, evoluíram em direções opostas, com uma melhora nas condições atuais e uma ligeira piora nas perspectivas para os próximos meses. Isso explica o resultado nulo de julho. A confiança dos industriais gaúchos confirma a trajetória da atividade do setor, que também mostra estabilidade nos últimos meses”, afirma o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.
O Índice de Condições Atuais cresceu de 49,9 para 51,1 pontos, o maior valor desde fevereiro de 2022, passando de condições inalteradas para o patamar que indica melhora, acima de 50 pontos. Os resultados – tanto o aumento em relação a junho quanto o patamar superior a 50 pontos em julho – refletem o Índice de Condições Atuais das Empresas, que subiu de 51,1 para 52,8 pontos, visto que o Índice de Condições Atuais da Economia Brasileira não evoluiu: ficou praticamente estável, em 47,7 pontos (+0,1, em julho). O valor abaixo de 50 reflete a parcela maior, 30,6%, de empresários que percebem piora em relação à parcela de 23,3% que notam melhora na economia brasileira.
Já o Índice de Expectativas para os próximos seis meses, após três altas seguidas, caiu 0,6 ponto em relação a junho, alcançando 60,6 em julho. Apesar disso, continua bem acima de 50, o que revela otimismo elevado. Os dois índices que o compõem recuaram no período, com destaque para o que projeta a economia brasileira no curto prazo, que caiu 1,4, para 55,7 pontos.
De junho para julho, o percentual de empresários otimistas com a economia brasileira passou de 41% para 38,4%, e o de pessimistas subiu de 12% para 13,7%. Os empresários também avaliam positivamente o futuro das companhias: o Índice de Expectativas das Empresas ficou em 63 pontos.
A pesquisa aponta ainda que, apesar de menor, o otimismo em nível moderado sugere uma perspectiva de melhora gradual para a atividade do setor nos próximos meses, sem indícios de crescimento mais consistente. O mesmo vale em relação ao cenário econômico nacional, mesmo com a percepção atual negativa dos empresários.