O mercado financeiro apresentou uma terceira redução seguida do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, indicador que mede a inflação oficial do país. Conforme dados do Boletim Focus, consulta com mais de 100 instituições e divulgados pelo Banco Central, a estimativa é de redução de 7,67% para 7,54%.
A queda coincide com aredução do ICMS e impostos federais cobrados sobre itens essenciais, como combustíveis e energia elétrica, que têm peso importante na composição do IPCA, além de afetarem indiretamente o preço de diversos produtos. Se confirmada a expectativa dos analistas do mercado, a inflação vai estourar o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 5%.
O mercado financeiro também passou a prever um alta maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. A previsão é que a economia brasileira cresça 1,75% em 2022, ante 1,59% previsto anteriormente. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Para a taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado manteve a previsão de encerrar o ano em 13,75%. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano, a maior desde dezembro de 2016. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, responsável por definir a taxa, sinalizou uma nova alta em agosto, para 13,5% ou 13,75%. Já para o dólar, a projeção para o fim de 2022 permaneceu em R$ 5,13.