A Secretaria Estadual da Saúde (SES) aguarda a nota técnica do Ministério da Saúde para dar sequência à campanha de vacinação contra o coronavírus para crianças de 3 a 5 anos no Rio Grande do Sul. Nesta quarta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação emergencial de doses da Coronavac para integrantes dessa faixa etária.
Conforme a assessoria da SES, a partir da orientação do Ministério da Saúde de como vai ser feita a aplicação, a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) – órgão composto pelos gestores municipais de saúde do Estado – se reúne e delibera sobre o processo em cidades gaúchas.
Ainda segundo a assessoria de imprensa da SES, a nota técnica é importante, já que o Ministério da Saúde é o órgão detentor do quantitativo de doses. Ou seja, a estratégia que a Pasta coloca e manda para os estados leva em conta o formato de distribuição dos imunizantes.
De acordo com a SES, o processo é necessário devido ao baixo número de estoques de Coronavac nos serviços de saúde. Assim, para dar seguimento a campanha para a nova faixa etária, o Ministério da Saúde deve ter que adquirir mais doses junto ao Instituto Butantan, responsável pela fabricação do imunizante.
Até então, o imunizante da entidade era liberado no Brasil para crianças, adolescentes e adultos a partir de 6 anos de idade. Em janeiro deste ano, a agência chegou a negar o pedido de uso para a faixa etária de 3 a 5 anos por falta de dados suficientes.
Porto Alegre
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre disse que aguarda orientação do Ministério da Saúde para ampliar a campanha de vacinação contra o coronavírus.
Contudo, mesmo sem o aval do órgão federal, a prefeitura do Rio de Janeiro anunciou nesta quinta-feira que começa a vacinar crianças de 3 e 4 anos contra a Covid-19 a partir desta sexta.
Decisão da Anvisa
O esquema vacinal indicado pela área técnica da Anvisa é de duas doses, assim como as aplicadas nos adultos, com intervalo de 28 dias. Não é recomendada a imunização de crianças imunocomprometidas – aquelas com deficiência no sistema imune. O fármaco é o mesmo usado em adultos e o frasco não muda.
Na reunião, a diretoria da Anvisa salientou que o aumento de número de casos e de mortes pela Covid no Brasil, assim como o surgimento de novas variantes capazes de ultrapassar a imunidade oferecida pela doença, foram essenciais para optar pela aprovação do produto fabricado no Butantan.
Ainda conforme a agência, não há pedido nem expectativa para a aprovação de nenhuma vacina para crianças de seis meses a dois anos de vida.