Prefeitura da Capital adia retomada de revitalização da Usina do Gasômetro

Executivo explicou que como a parte interna não vai mais ser usada pela Bienal do Mercosul, um novo cronograma será definido

Investimento é de R$ 20,6 milhões para reforma de área de 11 mil metros | Foto: Joel Vargas/Arquivo/PMPA

A prefeitura de Porto Alegre confirmou um novo adiamento nas obras de revitalização da Usina do Gasômetro, no Centro Histórico. A expectativa era de que o prédio, que está há cinco anos fechado, voltasse a receber operários nesta quinta-feira (14). Conforme a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura um novo cronograma foi definido e os trabalhos deverão ser retomados na próxima segunda-feira (18).

O imbróglio começou quando o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado barrou o uso da chaminé da Usina durante a Bienal do Mercosul. Com isso, a fundação que organiza o evento desistiu de ter o prédio como uma de suas sedes. O Gasômetro recebeu a programação pela última vez em 2011 mas, por ser tombado, só é aberto em caso de aval do IPHAE – que, por sua vez, alega riscos, já que o local está em obras.

O trabalho de revitalização do local teve início em 2020, mas está parado desde outubro de 2021, quando todos os trabalhadores envolvidos foram demitidos. O motivo da paralisação foi a necessidade de ajuste no contrato entre a administração da Capital e o consórco Rac – Arquibrasil, responsável pela reforma.

Desde janeiro de 2020, apenas 45% foi executado. O contrato assinado no final de 2019 previa que a reforma da Usina do Gasômetro custasse R$ 11,4 milhões. O montante subiu para quase R$ 14 milhões em 2021 e, um ano mais tarde, para R$ 16,3 milhões. A expectativa era de que o patrimônio histórico fosse reaberto para as comemorações do aniversário de 250 de Porto Alegre, o que não se concretizou.

Agora, a previsão mais otimista é que a reforma seja concluída dez meses após o reinício dos trabalhos. No final do mês de junho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) autorizou a doação definitiva do local para a prefeitura da Capital. O executivo municipal ainda estuda como será a administração do espaço. Há a possibilidade de concessão à iniciativa privada.