Banrisul planeja comprar energia renovável para economizar R$ 50 milhões até 2031

O Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) se prepara para lançar um edital para compra de energia de fonte renovável no Ambiente de Contratação Livre (ACL). O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 14 e, além da questão ambiental, os cálculos indicam uma economia aproximada de R$ 50 milhões em gastos com energia até 2031.

De acordo com o edital, ainda sem data de publicação, está prevista a compra de aproximadamente 15 mil  MWh/ano para consumo de média tensão, o suficiente para converter o consumo de 100 agências para energia de fonte 100% renovável. “Não basta apoiar iniciativas sustentáveis, temos de dar o exemplo”, defende o presidente do Banrisul, Cláudio Coutinho.

Para chegar ao consumo pleno de energia elétrica renovável, o Banrisul deve lançar um segundo edital para locação de Sistema de Geração Distribuída (SGD), que atenderia a demanda de 45% das unidades, que funcionam em baixa tensão e atendem 400 agências. O edital vai exigir da empresa contratada o fornecimento de ‘Certificados de Energia Renovável no padrão I-REC’, garantindo a compensação de emissões de gases de efeito estufa (GEE) gerados pelo consumo de energia elétrica, e para que se tenha rastreabilidade da fonte.

Conforme a diretora administrativa do Banrisul, Marivania Fontana, os editais estão alinhados à estratégia de sustentabilidade do Banrisul, que inclui outras frentes. “Estamos atentos à mitigação dos gases de efeito estufa, com projetos internos de ecoeficiência. Também reforçamos a inclusão de critérios de sustentabilidade em processos de contratações e na oferta de produtos e serviços que contribuam positivamente nesta temática, fomentando assim a transição para uma economia de baixo carbono”, detalha.

Na linha da sustentabilidade, no primeiro trimestre foram destinadas 73,6 toneladas de papel para reciclagem e 4,2 toneladas de resíduos eletrônicos para descaracterização. Também faz parte do programa a operação 365, que incentiva a agricultura sustentável por meio de uma parceria com a Cooperativa CCGL e Embrapa Trigo.

Na primeira etapa, assistentes técnicos da Embrapa ajudam os produtores rurais na adoção de boas práticas de manejo. Os talhões certificados pelo programa recebem um selo, conforme o nível de excelência em manejo do solo e das culturas. Com esse certificado, o produtor fica apto a receber incentivos via financiamentos do Banrisul.