Ex-presidente da Caixa não se pronuncia em investigação no Ministério Público do Trabalho

Prazo para apresentar defesa terminou na segunda-feira

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Suspeito de assédio sexual e moral, o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães não se manifestou na investigação que tramita no Ministério Público do Trabalho (MPT). O prazo para que o economista se defender das alegações terminou na segunda-feira.

De acordo com a apuração, os casos envolveram empregadas do próprio banco, que se sentiram abusadas pelo economista em diferentes ocasiões, em eventos ou viagens de trabalho. O MPT soube dos relatos e abriu uma notícia de fato para analisar o que pode ser feito dentro das possibilidades dos procuradores do Trabalho.

A reportagem do portal R7 entrou em contato com a defesa de Guimarães e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação.

Renúncia

O economista Pedro Guimarães pediu demissão da presidência da Caixa Econômica em 29 de junho, após denúncias de assédio sexual. As investidas foram relatadas por funcionárias do banco. De acordo com fontes ouvidas no MPF, as diligências ocorrem sob sigilo na Procuradoria da República no Distrito Federal, já que ele não conta com foro privilegiado. Segundo as denúncias, os assédios ocorreram durante viagens para tratar de projetos da Caixa.

Exonerado, Guimarães recebeu R$ 3.134.374,62 à frente da empresa ao longo da gestão. Como ele ficou cerca de 41 meses na presidência da estatal, recebeu, só do banco, uma média de R$ 76.448,16 mil por mês.

No lugar de Guimarães, tomou posse a economista Daniella Marques, em 5 de julho, como a nova presidente da Caixa. A cerimônia oficial se deu de forma fechada à imprensa, no prédio da instituição, em Brasília. Em entrevista, a nova gestora afirmou ser inaceitável a violência contra a mulher e prometeu que o banco vai ser a “mãe da causa das mulheres”.