Com inflação em alta, Argentina enfrenta protestos e reforça controle de preços

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O governo da Argentina não para de surpreender a economia. Na sexta-feira, renovou o programa “Preços Cuidados”, um mecanismo que busca, em um contexto de alta inflação, fornecer uma “referência” de preços para produtos considerados de consumo diário.

Enquanto isso, os argentinos ocuparam as ruas de diferentes cidades no sábado, em meio à comemoração do Dia da Independência, para protestar contra as ações do governo. Em Buenos Aires, foram realizados comícios no Obelisco, Avenida 9 de Julio e Plaza de Mayo. As manifestações na capital foram apoiadas em outras grandes cidades argentinas, como Mendoza, Córdoba, Mar de Plata, Santa Fé e Rosário, entre outras.

A nova fase dos “Preços Cuidados”, que vai até 7 de outubro e abrange um total de 949 produtos de diferentes setores e categorias, como os de limpeza, alimentos e bebidas frescas, de acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério da Economia.

Durante este período, a Secretaria de Comércio Interior fechou um acordo com os representantes setoriais das empresas um reajuste médio trimestral de 9,3%, que será dividido em parcelas de 3,3% em julho, 3,2% em agosto e 2,5% em setembro.

O programa “Preços Cuidados”, promovido pela primeira vez durante o período de Cristina Kirchner na presidência (2007-2015), foi relançado em janeiro de 2020, logo Alberto Fernández tomar posse como governante, e está em vigor com algumas mudanças.