Risco de morte pela Covid-19 em jovens é três vezes maior para quem não se vacinou

No Rio Grande do Sul, faixa de 12 a 29 anos é a que registra pior cobertura vacinal, de acordo com a a SES

Foto: Guilherme Almeida/Correio do Povo

O risco de morte pela Covid-19 entre os jovens de 12 a 29 anos se mostrou 3,2 vezes maior, em 2022, para quem não tomou nenhuma dose de vacina, em comparação com quem tinha, ao menos, o esquema primário completo (duas doses ou dose única). É justamente nesta faixa etária, entre as pesquisadas, que ocorre o maior número de pessoas que não fizeram sequer a primeira dose ou não completaram o esquema básico no Rio Grande do Sul.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), responsável pelos dados, o aumento no risco de óbito pelo coronavírus também é perceptível nas demais idades. Entre os adultos dos 30 aos 59 anos, uma pessoa sem nenhuma dose teve 5,1 vezes mais chance de morte pela Covid-19 que uma pessoa com esquema primário completo. Entre os idosos, essa razão de risco chega a ser 5,7 vezes maior.

Pela análise da pasta, a faixa dos 12 aos 29 anos é, atualmente, a que registra pior cobertura vacinal. Enquanto o índice de pessoas com, ao menos, esquema primário completo (duas doses ou dose única) é de 93% entre aquelas de 30 aos 59 anos, e de 98% entre as maiores de 60 anos, na faixa entre 12 a 29 anos, cai para 82%. Além disso, quase 7% da população dessa idade não tomou sequer a primeira dose, o que representa cerca de 194 mil pessoas.