Uma investigação da Polícia Civil conseguiu evitar uma tragédia na Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Helena, localizada no bairro Camobi, em Santa Maria, na região Central do Rio Grande do Sul
Das mãos de um denunciante anônimo, as autoridades receberam uma carta, na tarde dessa quarta-feira, alertando sobre um plano de ataque contra alunos, professores e a própria instituição.
“Era um plano bem detalhado, que mostrava a planta da escola, todas as entradas e saídas, todas as salas, inclusive a sala dos professores. Diante dessa informação gravíssima nos deslocamos até a escola. E nesse mapa, que era escrito em inglês, no topo tinha uma suástica (símbolo nazista) e mais a palavra ‘Operation Reich’, em inglês e alemão. Essa palavra Reich significa em alemão vingança, ou seja, o título da carta era Operação Vingança”, detalha o titular da 4ª Delegacia de Polícia de Santa Maria, Antônio Firmino.
Após coletar uma série de depoimentos e analisar a grafia da escrita, a Polícia Civil conseguiu chegar ao autor, um adolescente de 13 anos de idade.
“Quando ele foi instado e conduzido à delegacia de polícia, o mesmo, na presença dos pais, assumiu a autoria. Ele disse que teria planejado isso há mais de um mês por que estava com muita raiva dos colega. Mas que atualmente, não faria mais isso, pois o problema já estaria resolvido”, relata o delegado.
De acordo com o conteúdo da carta, o jovem pretendia cometer suicídio após os crimes, utilizando uma bomba, coquetéis molotov e uma faca. Por conta disso, os policiais revistaram a casa do adolescente e não encontraram nenhum material com potencial de ser usado no eventual ataque.
Como envolve um menor de idade, o inquérito vai ser encaminhado à Delegacia de Polícia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), para que as investigações possam ter sequência.
Prefeitura
Em virtude da situação, a Prefeitura de Santa Maria convocou uma coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, para esclarecer os procedimentos que serão feitos a partir de agora. Na ocasião, o chefe do Executivo, Jorge Pozzobom, descreveu o incidente como “um fato atípico”.
