No país vizinho, a Argentina, as preocupações estão concentradas em potenciais mudanças com a saída do até sábado ministro da Economia, Martín Guzmán, que renunciou ao cargo. A saída ocorre após uma semana em que o dólar bateu um novo recorde contra o peso, marcados ainda por protestos de transportadores pela escassez de diesel.
Na noite de domingo, o governo anunciou o nome de Silvina Batakis como ministra da Economia em substituição a Guzmán. Ela é ex-ministra da Economia da província de Buenos Aires. A inflação acumulada na Argentina até agora está perto de 30% e segundo economistas pode fechar 2022 acima de 70%.
Ao longo de seu mandato de quase 31 meses, Guzmán reestruturou US$ 65 bilhões em títulos internacionais com credores privados em 2020, ajudou a melhorar o mercado de dívida local da Argentina e liderou as negociações para o acordo de US$ 44 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Um dos mais leais ministros de Fernández, Guzmán anunciou sua renúncia justamente quando a vice-presidente Cristina Kirchner fazia um discurso com fortes críticas a questões econômicas.