Ao que tudo indica, Roger Machado tem um novo esquema tático no Grêmio – seu terceiro até aqui. Depois de iniciar a atual passagem com um 4-1-4-1, que foi utilizado boa parte do Gauchão e no início da Série B e depois mudar para os três zagueiros do 3-4-3 por outras seis partidas, o técnico agora adotou o conhecido 4-2-3-1. O nem tão novo esquema assim foi responsável pela vitória de 1 a 0 em cima do Londrina, na terça-feira, na Arena.
O antigo sistema, dos três zagueiros, surgiu da falta de laterais direitos. O atual, da urgência em melhorar o ataque, buscando melhor saída de bola e mobilidade no meio. O responsável por essas jogadas na última partida foi o meia Campaz, que desde sua chegada no clube, no meio do ano passado, ainda não se firmou totalmente em uma posição.
Com aval e confiança de Roger, o jovem colombiano conseguiu jogar com liberdade no meio campo. A melhora no desempenho é fruto de muito diálogo, segundo Roger. “O Campaz é um jogador que tenho conversado bastante para que ele busque dar essa dinâmica no meio-campo, ora controlar o jogo, ora segurar, ora driblar, ora finalizar.
O que a gente vem buscando com ele é uma regularidade maior na partida. O futebol dele é mais solto e, jogando na zona central, pode se locomover de ambos os lados”, analisou o treinador.
Apesar do placar mais simples, para o treinador, a partida foi a de maior criação e fluidez até aqui no campeonato. O modelo, é claro, pode voltar a ser alterado conforme as necessidades ou ausências do grupo, mas o 4-2-3-1 agradou ao treinador contra o Londrina. “Fizemos outros bons jogos nos modelos, mas me agrada a forma como nos comportamos hoje”, destacou.
Em outras oportunidades, Roger havia pedido calma à torcida com a escalação, evitando comparações com o mesmo esquema, usado no passado recente de conquistas do clube. Com a confiança restabelecida, Campaz deve enfim fazer a função que foi designada em sua compra, a de armação. Até a chegada de um novo reforço para o setor, o colombiano deve continuar a ser utilizado por ali.