O 13º antecipado de aposentados e pensionistas do INSS, somado ao saque extraordinário de R$ 1.000 do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não deverão movimentar tanto a economia como esperado pelo Governo Federal. Uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), feita com 1.500 pessoas entre os dias 2 e 21 de maio, revela que 66,9% usaram ou usarão o dinheiro para pagar dívidas ou poupar. Do total dos consultados, 53,2% confirmaram ter direito a um dos benefícios.
Os números da pesquisa revelam que o impacto das liberações pode ser limitado, pois apenas 18% disseram que usarão o dinheiro para consumo de bens como eletrodomésticos, supermercados e roupas, e 6,6% para consumo de serviços como restaurantes, médicos e viagens, por exemplo. Entre os entrevistados, 8,5% declararam “outros” gastos.
A maior fatia, de 43,1%, é daqueles que vão guardar o dinheiro, seguido por quem vai pagar dívidas (23,8%), que somados chegam aos 66,9%. Ainda de acordo com os dados da FGV, o uso do dinheiro para pagar dívidas é maior entre os entrevistados que ganham até R$ 2.100, que chegam a 42,3% das pessoas que confirmaram acesso aos recursos.
Nessa faixa de salário, 28,6% afirmaram que pouparão o dinheiro. Quando analisados os percentuais de pessoas preocupadas em guardar o dinheiro, observa-se que a maior parte delas têm ganhos mensais superiores.
Na pesquisa, entre aqueles que ganham entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600, 37,6% pretendem guardar o que receber. Já dentre aqueles que ganham mais de R$ 9.600,01, o percentual de poupadores aumenta para 51,4%.