Lucas chega à Arena com a missão de resgatar a sinergia entre Grêmio e torcedor

Com experiência na Europa, volante poderá se tornar um novo líder do grupo de Roger Machado

Lucas chega à Arena com a missão de resgatar a sinergia entre Grêmio e torcedor | Foto: Lucas Uebel / Grêmio / Divulgação / CP

O universo gremista que Lucas Leiva irá reencontrar tem diferenças e algumas semelhanças entre a sua saída, ainda em 2007, e o seu retorno, agora em 2022. O próprio jogador chegará mais amadurecido com a missão de ajudar no resgate da sinergia entre o Grêmio e o seu torcedor. No G4 do Brasileirão Série B, mas sem convencer em suas atuações, o time vem sendo bastante cobrado pelas arquibancadas e a sinergia entre equipe e torcida está longe da ideal.

Há 15 anos, por exemplo, o volante trocou Porto Alegre por Liverpool depois de atuar no antigo estádio Olímpico. Desta vez, ao vestir novamente o manto tricolor irá atuar na Arena, uma casa mais moderna e com maior capacidade que o velho casarão.

Em 2007, Lucas fez parte de um time que quase levantou a taça da Libertadores. Sob o comando de Mano Menezes, o Grêmio foi longe no torneio e chegou ao vice-campeonato para o Boca Juniors depois de realizar jogos épicos contra São Paulo, Defensor e Santos. Na época, Lucas conviveu no vestiário com atletas como William, Schiavi, Tcheco, Carlos Eduardo, Diego Souza e Tuta.

Foi de Lucas o primeiro gol gremista na campanha vice-campeã da América em 2007. Diante do Cerro Porteño, no Paraguai, o volante finalizou com o estilo e garantiu os primeiros três pontos de um time ainda em construção. A campanha, em que contribuiu com duas assistências, foi marcada pelo apoio incondicional das arquibancadas que ajudou o time a buscar as classificações nas fases eliminatórias.

O cenário atual que Lucas encontrará na Arena tem treinador e colegas diferentes. No comando técnico, Mano Menezes agora iniciou a sua trajetória no rival Inter e o time é treinado por Roger Machado. O grupo tem suas diferenças, com Geromel e Kannemann como líderes, além de um meio-campo com Villasanti, Bitello e Lucas Silva. Diego Souza, um velho amigo, não mais atua como meia, mas agora é a referência no ataque.

Lucas chegará também com o compromisso de ser um dos pontos de acerto do time de Roger. Se em 2007, a equipe estava entrosada e era muito forte ofensivamente, a atual convive com desequilíbrio, uma vez que defende bem, mas tem muitas dificuldades para criar e marcar gols.