Por unanimidade, a Câmara Setorial de Florestas Plantadas aprovou, em reunião extraordinária realizada nesta quinta-feira (23), a minuta do Plano Estadual de Desenvolvimento e Qualificação do Setor de Florestas Plantadas (QUALISILVI-RS). O documento foi construído de forma coletiva pelas entidades que compõem a Câmara Setorial, sob coordenação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
O QUALISILVI-RS traça um panorama sobre o Setor de Base Florestal no Rio Grande do Sul, suas potencialidades e os gargalos a serem superados. Entre os principais objetivos para o Plano estão: o fortalecimento das instituições; criação do Sistema Estadual de Informações Florestais; qualificação dos silvicultores; atração de investimentos ao setor; garantia de segurança jurídica para a atividade; fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação; estímulo à demanda por produtos florestais; e expansão da área plantada.
“Os produtos das florestas plantadas são uma necessidade básica da sociedade, e a demanda tende a aumentar. Precisamos de qualificação para seguir crescendo de acordo com as novas bases do Desenvolvimento Sustentável. Há muito espaço físico, tecnologia e conhecimento humano no Rio Grande do Sul para garantir a qualificação e expansão sustentável do setor de florestas plantadas”, avalia o professor da UFSM Rafaelo Balbinot, que apresentou a minuta do Plano Estadual, elaborado em alinhamento com as diretrizes do Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas (PlantarFlorestas).
O texto aprovado pela Câmara Setorial será incluído ao processo eletrônico (Proa) que já tramita internamente na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) para a criação do Plano Estadual.
Condicionantes de licenciamento ambiental
Em 2019, a Câmara Setorial e a Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor) encaminharam ofícios à Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam) solicitando a abertura de espaço para diálogo e debates sobre condicionantes ao licenciamento ambiental da silvicultura. Conforme o engenheiro florestal Cristiano Horbach Prass, da Fepam, técnicos da autarquia discutiram internamente os pontos abordados pelos ofícios e elaboraram uma minuta de resposta, que está no gabinete da entidade para ser enviada aos solicitantes. “Algumas demandas serão atendidas e outras foram justificadas o motivo de não atendimento”, informou.
Participaram da reunião representantes das seguintes entidades: Associação Gaúcha de Florestadores (Agaflor), Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Emater/RS-Ascar, Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Fepam, Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/RS), Federação das Indústrias (Fiergs) e UFSM.