A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, na noite desta sexta-feira, que vai manter a bandeira verde acionada em julho para todos os consumidores do país. Com a decisão, as contas de luz seguem sem cobrança adicional no próximo mês. As informações foram divulgadas pela Agência Estado.
Em nota, a agência informou que a bandeira verde sinaliza “condições favoráveis de geração de energia elétrica”. Os dados atuais da agência reguladora sugerem a possibilidade de que o patamar seja mantido ao longo de 2022.
A bandeira verde vigora desde 16 de abril. De setembro de 2021 a 15 de abril, os consumidores pagaram um adicional de R$ 14,20 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, referente à bandeira escassez hídrica.
A bandeira verde, quando não há cobrança adicional, significa que o custo para produzir energia está baixo. Já as bandeiras amarela e vermelha 1 e 2 sugerem aumento no custo da geração e a necessidade de acionamento de térmicas, em razão da falta de chuvas.
A Aneel estima que, desde que foram criadas, as bandeiras geraram economia de R$ 4 bilhões aos consumidores de todo o País, por terem evitado a incidência de juros sobre os custos de geração em momentos de escassez hídrica.
Reajuste
Na última terça-feira, a agência reguladora aprovou reajustes para o sistema de bandeiras a partir de julho. Os consumidores não terão impacto imediato, já que a bandeira verde segue em vigor.
O valor da bandeira amarela vai subir 59,5%, de R$ 1,874 a cada 100 kWh consumidos para R$ 2,989. Já a bandeira vermelha 1 vai de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh, alta de 63,7%. O patamar mais caro da bandeira, a vermelha 2, passou de R$ 9,492 a cada 100 kWh para 9,795, aumento de 3,2%.
