Quase 20 milhões de trabalhadores informais ganhavam dinheiro com atividades de renda mais baixa e sem necessidade de qualificação para tentar bancar a sobrevivência no terceiro trimestre de 2021. Essa é uma das conclusões de um estudo divulgado pela B3 Social – braço da Bolsa de Valores que tem como objetivo contribuir com a redução de desigualdades no Brasil – junto com a Fundação Arymax e Instituto Veredas.
No período do estudo, o Brasil tinha 19,7 milhões de trabalhadores classificados como informais de subsistência, reunindo profissionais com renda de até dois salários mínimos e que preenchiam ocupações marcadas pela instabilidade, como é o caso dos bicos. Esses trabalhadores correspondiam a 60,5% de um universo de 32,5 milhões de trabalhadores inseridos em postos informais ou em vagas que tinha traços de informalidade, com carteira assinada ou CNPJ.
O levantamento, produzido a partir de dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), aponta que 75,4% dos informais com ensino fundamental incompleto ou inferior pertenciam ao grupo dos trabalhadores que buscavam apenas o básico para sobrevivência no terceiro trimestre de 2021.