Entrada na OCDE ajudará a destravar acordo Mercosul-UE, diz chanceler

Segundo os Ministérios da Economia e das Relações Exteriores, o instrumento aprofunda a integração regional | Foto: Isac Nóbrega / PR / Divulgação / CP

A eventual entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ajudará a destravar a ratificação do acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE). A informação é do  ministro das Relações Exteriores, Carlos França, em entrevista exclusiva à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ao afirmar que o plano de adesão à OCDE deverá durar dois ou três anos.

“Sem dúvida que, o Brasil passando a ter assento na OCDE, que congrega embaixadores da maioria dos países da União Europeia, passaremos a ter um diálogo privilegiado com esses países. Esse sim, é um fator facilitador para que possamos transmitir a esses países a visão brasileira sobre todos esses assuntos que temos aqui: meio ambiente, produtividade, inclusão social e governança pública e privada”, declarou o ministro durante o evento Semana Brasil-OCDE, que ocorre até sexta-feira (24) em Brasília.

Aprovado em 2019, após 20 anos de negociações, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. No entanto, diversos países europeus suspenderam a aprovação do acordo, o que exigirá negociações adicionais.