A pressão nacional, intensificada nos últimos dias, levou o PSDB a se mexer oficialmente no Rio Grande do Sul. Nesta quinta-feira, a legenda oficializou o convite para que o MDB integre a chapa de Eduardo Leite ao Piratini. Participaram da conversa os presidentes estaduais tucano, Lucas Redecker, emedebista, Fábio Branco, além do chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e do deputado estadual Mateus Wesp, ambos do PSDB. Os tucanos lembraram as diversas parcerias entre os dois partidos e destacaram a intenção de que se unam novamente para fortalecer o palanque nacional no Rio Grande do Sul.
Branco se comprometeu em seguir dialogando com o PSDB e demais partidos, mas reafirmou a pré-candidatura própria do MDB ao governo, encabeçada pelo deputado estadual Gabriel Souza. “O MDB tem candidato, tem história, representatividade e militância. Seremos fiéis a esse conjunto de fatores, mas seguiremos conversando e construindo coletivamente”, disse o dirigente emedebista. Nas manifestações, aliás, lideranças do MDB vêm salientando que o partido disputou as dez últimas eleições ao Piratini e elegeu quatro governadores.
Apesar de ter anunciado o apoio à pré-candidatura de Simone Tebet (MDB) ao Planalto, o PSDB nacional ainda não indicou o vice da senadora. O mais cotado é Tasso Jereissati. Em função da resistência do MDB gaúcho às exigências do PSDB nacional, classificadas como tentativa de intervenção, tucanos da cúpula nacional elevaram o tom nesta semana.
Gesto
Lideranças do MDB gaúcho reconhecem que o convite do PSDB se tratou de um passo simbólico que deve ser reconhecido. Ao menos por enquanto, no entanto, Gabriel Souza segue como pré-candidato em campanha. Durante o fim de semana, ele cumpre roteiros no Interior gaúcho.