A Petrobras anunciou nesta sexta-feira que vai reajustar o preço do combustível para as distribuidoras a partir deste sábado. O preço médio de venda de gasolina passa de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Para o diesel a variação vai ser de 14,3%, de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. O impacto na inflação total na inflação deve ser de 0,18 ponto percentual nos próximos 30 dias.
A alta nos preços da gasolina vai pesar no Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) em 0,14 ponto percentual, Já o do diesel, em mais 0,04. Segundo o economista André Braz, coordenador do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), o impacto na inflação vai ser sentido pelo consumidor até o fim de junho e ao longo da primeira metade de julho.
Na bomba, os preços vão aumentar cerca de um terço do valor do reajuste. A gasolina deve ficar 2% mais cara nos postos e o diesel, 5%. “O reajuste da Petrobras é devido há uma defasagem que já há algum tempo entre o preço internacional e doméstico. Esse reajuste não incorporou toda essa defasagem, mas já é um passo importante para evitar faltar combustível no Brasil. Algumas empresas importam combustível, ele está mais caro no Brasil, por isso, não poderiam disponibilizá-lo mais barato no Brasil. Isso era um movimento já esperado, por conta do preço do barril de pétroleo no mercado internacional que já passa de US$ 120”, explica Braz.
Apesar de ter perdido força nos últimos dois meses, a inflação anual acumula alta de 11,73%.
