A elevação da taxa Selic (juros básicos da economia), vai manter o encarecimento do crédito e as prestações. A estimativa é da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) para quem o tomador de novos empréstimos sentirá os efeitos do aperto monetário.
Os cálculos da associação indicam que o juro médio para as pessoas físicas passará de 117,23% para 118,21% ao ano. Para as pessoas jurídicas, a taxa média sairá de 56,57% para 57,29% ao ano. A Selic passou de 12,75% para 13,25% ao ano.
Isso significa que no financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, por exemplo, o comprador desembolsará R$ 0,38 a mais por prestação e R$ 4,62 a mais no valor final com a nova taxa Selic. Já o cliente que entrar no cheque especial em R$ 1 mil por 20 dias pagará R$ 0,27 a mais.
Um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses cobrará R$ 1,24 a mais por prestação e R$ 14,82 a mais após o pagamento da última parcela. No financiamento de um automóvel de R$ 40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$ 11,16 a mais por parcela e R$ 669,47 a mais no total da operação.
Em relação às pessoas jurídicas, as empresas pagarão R$ 62,18 a mais por um empréstimo de capital de giro de R$ 50 mil por 90 dias, R$ 24,93 pelo desconto de R$ 20 mil em duplicatas por 90 dias e R$ 2,67 a mais pela utilização de conta garantida no valor de R$ 10 mil por 20 dias.