O que acontece depois que o Copom elevou a Selic para 13,25% ao ano

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou no início da noite desta quarta-feira, a nova taxa Selic para o ano de 13,25% ao ano, um aumento de 0,5 ponto percentual sobre a até então taxa de 12,75%. É o 11º aumento seguido na taxa básica de juros da economia, e o maior patamar desde dezembro de 2016, quando era de 13,75% ao ano.

Conforme especialistas, com o aumento do juro básico da economia com o objetivo de conter a inflação, existem vários reflexos na economia. Um deles é o aumento das taxas bancárias, que deverão sofrer um reajuste nos valores cobrados dos clientes. Em 2021, as elevações dos juros bancários foram os maiores desde 2015.

Além disso, a elevação também acaba sendo um fator que assusta os consumidores e os investimentos do setor produtivo. O resultado é um impacto negativo no emprego, renda e no Produto Interno Bruto (PIB). Também há impacto nos juros da dívida pública, sendo que no ano passado, com a elevação da Selic praticada desde março e a inflação, os gastos com juros foram os maiores em seis anos. Analistas de mercado apostam que essa conta deverá bater recorde em 2022.

Já na área de aplicações, ganha destaque os investimentos em Renda Fixa, como no Tesouro Direto e em debêntures, que passam a render mais. Em abril, o Tesouro Direto, programa de oferta de títulos públicos pela internet para pessoas físicas, registrou uma venda de R$ 3,1 bilhões e o número de investidores ativos bateu recorde.

Na caderneta de poupança pouco muda. A modalidade de investimento mais popular do país seguirá com o retorno travado em 6,17% ao ano + TR (Taxa Referencial) e tende a continuar perdendo para a inflação e outras aplicações em renda fixa.