Bruno e Dom: avião com restos mortais chega a Brasília

Perícia vai confirmar identidade, dar indícios de como o crime ocorreu, e com que tipo de arma

Foto: Reprodução/Record TV

O avião com os restos mortais encontrados nas buscas pelo jornalista inglês Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Pereira chegou a Brasília por volta das 18h40min desta quinta-feira. Os vestígios foram transportados de Atalaia do Norte (AM) para o Instituto de Criminalística da Polícia Federal, na capital, onde vão passar por perícia.

Amarildo dos Santos, um dos pescadores detidos, confessou ter matado Dom e Bruno, esquartejado os corpos e ateado fogo neles. O homem ainda indicou onde havia enterrado o material. Policiais foram ao local e encontraram os remanescentes humanos, que serão analisados para confirmar a identidade das vítimas. O resultado dos exames deve ficar pronto na próxima semana.

A Polícia Federal reúne uma força-tarefa de peritos na capital para concluir as perícias o quanto antes. O laudo deve dar indícios de como os homicídios ocorreram, quais foram as circunstâncias das mortes e quais armas os autores usaram. Um dos suspeitos, Amarildo de Oliveira, afirmou, em depoimento à PF, que as vítimas foram atingidas com armas de fogo e que facas também foram empregadas nos crimes.

Outro pescador, Osoney da Costa, que é irmão de Amarildo, também está preso, embora não tenha confessado participação no crime. Os dois foram vistos por testemunhas perseguindo a lancha da dupla. Uma terceira pessoa, citada por Amarildo, também vem sendo investigada.

“Agora vamos descobrir as causas das mortes e dos crimes. Ainda estamos na parte investigativa e realizando diligências, e novas prisões devem ocorrer. Todas as forças de segurança estão unidas e trabalhando de forma ininterrupta. O objetivo é reunir todas as provas de forma segura”, acrescentou o superintendente da PF.

Apesar de as investigações partirem do princípio de que as mortes foram motivadas por atividades de pesca e caça ilegais de suspeitos do crime, outras hipóteses também são avaliadas, como a de ordem de narcotraficantes ou em razão das denúncias feitas pelos profissionais sobre invasões em áreas indígenas do Vale do Javari.