“Tudo indica que seja desvendado”, declara Bolsonaro, sobre desaparecidos no AM

Suspeito confessou aos policiais ter matado o jornalista e indigenista, esquartejado os corpos e ateado fogo neles

Foto: Divulgação/PF-AM

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta-feira, que, ao que tudo indica, vai ser desvendado, em breve, o caso envolvendo o indigenista Bruno Araújo e o jornalista britânico Dom Phillips. Ambos seguem desaparecidos desde o último dia 5 no Vale do Javari, no Amazonas. Mais cedo, um suspeito confessou aos policiais ter matado o jornalista e indigenista, esquartejado os corpos e ateado fogo neles.

“Eu espero que nas próximas horas o episódio do desaparecimento de dois cidadãos na Amazônia seja efetivamente esclarecido. Tudo indica isso”, disse Bolsonaro, em evento realizado no Palácio do Planalto.

“A gente lamenta o desaparecimento. Um inglês e um brasileiro que sabiam do perigo da região. E, pelo que tudo indica, será desvendado esse desaparecimento. Desde o primeiro dia, a nossa Marinha estava em campo. Estão me culpando agora por isso”, completou.

Já o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, avaliou que “tudo o que podia, foi feito”. “Todos estão trabalhando na região para localizar os dois desaparecidos. Estamos muito perto disso, se já não se concretizou. Realmente foram feitas as oitivas, a Polícia Federal trabalhou incansavelmente, dia e noite, coordenando o grupo de trabalho, a Marinha do Brasil, várias pessoas, porque nós sabemos a importância do caso e demos a devida importância”, argumentou.

Torres contou sobre o encontro que teve com a ministra britânica para África, América Latina e Caribe, Vicky Ford, durante a IX Cúpula das Américas, nos Estados Unidos, no último dia 9.

“Estive, inclusive, com a ministra do Reino Unido, que me pediu encarecidamente para isso, agora, nos Estado Unidos. Conversei longamente com ela. A embaixadora aqui no Brasil esteve comigo — conversamos longamente. E o Brasil tem feito os esforços, tem feito tudo para dar uma resposta, apesar de toda a dificuldade de dar uma resposta naquela região. É extremamente difícil uma resposta dessa do Estado brasileiro naquela região”, acrescentou.