Pesquisa revela que 93% dos brasileiros sentiram o reflexo da alta dos preços este ano

Foto: Alex Rocha/PMPA

O impacto da inflação tem feito estragos na população brasileira e provocado reflexos no consumo de alimentos e itens de abastecimento doméstico. É o que concluiu a pesquisa Radar, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgada nesta quarta-feira, 15.

De acordo com o levantamento, realizado em parceria com o Ipespe, 93% dos brasileiros afirmaram que o preço dos produtos aumentou ou aumentou muito em relação ao começo deste ano. O número fica acima de 90% em todas as faixas de renda, sendo de 96% entre aqueles que ganham mais de cinco salários mínimos.

E a recuperação econômica, tão almejada pelas autoridades econômicas, ainda está longe do horizonte dos brasileiros. Metade dos entrevistados (51%) acredita que a sua vida financeira e familiar só irá se recuperar após 2022 ou isso sequer acontecerá. Quando pensam na recuperação da economia do país, é mais elevado o contingente de pessimistas (77%). Alinhados com esse sentimento, 66% têm expectativa negativa também no que se refere ao crescimento do país.

Considerando um horizonte mais favorável, em que haja disponibilidade de recursos extras no orçamento doméstico, as preferências dos entrevistados recaem na compra ou reforma de imóvel – 31% disseram que comprariam um imóvel e 16% que reformariam a casa – e por investimentos bancários – 20% aplicariam o dinheiro na poupança e 18% em outros investimentos do sistema financeiro.

O entendimento preponderante é o de que os bancos têm dado uma contribuição positiva para o desenvolvimento da economia (54%), o enfrentamento da pandemia (50%), a geração de empregos (46%), a melhora da qualidade de vida das pessoas (45%), e os negócios e atividades profissionais dos entrevistados (44%).

Cresceu também o percentual daqueles que já foram vítimas de golpes e fraudes envolvendo instituições bancárias, chegando a um terço dos respondentes. Mas a grande maioria (68%) declarou não ter sido vítima de golpes ou fraudes. Dentre os crimes mais frequentes, a clonagem ou troca de cartão é citado por 64%.  Ainda sobre o tema, 52% dizem já ter recebido comunicação do banco instruindo sobre golpes e 90% apontam a importância de tais materiais como alerta e prevenção.

A pesquisa Radar FEBRABAN, realizada com 3 mil pessoas, entre os dias 21 de maio a 2 de junho, nas cinco regiões do país.