O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, expressou nesta quarta-feira a sua preocupação com o paradeiro do jornalista britânico Dom Phillips que, assim como o indigenista Bruno Pereira, está desaparecido desde 5 junho na Amazônia. A manifestação ocorreu no Parlamento, depois que Johnson foi questionado pela ex-primeira ministra Theresa May sobre o assunto.
De acordo com o jornal The Guardian, May afirmou a Johnson que ele deveria tornar o caso uma prioridade diplomática. O assunto foi inclusive mencionado por May, já que ela tem feito contato com a sobrinha de Dom Phillips, Dominique Davis.
Nessa terça-feira, o embaixador do Brasil no Reino Unido, Fred Arruda, pediu desculpas à família do jornalista Dom Phillips após a embaixada ter afirmado que o corpo dele e de Bruno Araújo foram encontrados na Amazônia. A informação foi desmentida pouco depois pela Polícia Federal.
De acordo com o jornal The Guardian, Fred enviou uma mensagem à família de Phillips se desculpando. O irmão e a cunhada do jornalista receberam um telefonema de um funcionário da embaixada informando que o corpo dos profissionais tinham sido encontrados e estavam amarrados em uma árvore.
A busca
Várias canoas de madeira avançam silenciosamente por uma floresta inundada no Vale do Javari, como parte da operação com a qual os indígenas dessa remota região da Amazônia brasileira esperam encontrar “nas próximas horas ou dias” pistas do paradeiro de Dom Phillips e Bruno Pereira.
Desde o desaparecimento do jornalista britânico e do indigenista brasileiro, em 5 de junho, cerca de 20 indígenas da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) rastreiam incansavelmente uma área do município de Atalaia do Norte, no oeste do estado do Amazonas, onde Dom, de 57 anos, e Bruno, de 41, foram vistos pela última vez navegando o rio Itaquaí.