Servidores do BC decidem manter greve por tempo indeterminado

Paralisação continua mesmo após o governo ter confirmado que servidores não terão reajustes salariais neste ano

Foto: Marcello Casal Jr./ABr

O Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal) informou, nesta terça-feira, que os servidores do órgão aprovaram a continuidade da greve por tempo indeterminado em assembleia nesta terça-feira. A manutenção do movimento de paralisação, que começou em 1º de abril, teve 80% dos votos, segundo o presidente do Sinal, Fábio Faiad. A próxima assembleia ocorre em 21 de junho.

Segundo uma fonte participou da assembleia, está marcada para amanhã uma reunião dos sindicatos com a diretora de Administração do BC, Carolina de Assis Barros. As informações foram divulgadas pela Agência Estado.

A greve no Banco Central continua mesmo após o governo ter confirmado que os servidores não terão reajustes salariais neste ano, algo que o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, já havia antecipado aos funcionários do órgão em reunião com os sindicatos no início de junho.

Depois disso, a categoria reduziu a demanda de recomposição salarial em 2022 de 27% para 13,5%, segundo o Sinal. Mas também pede um bônus de produtividade, a exemplo do que pedia a Receita Federal. Além disso, a entidade enviou ao Ministério da Economia uma proposta de minuta com a pauta não salarial dos servidores do BC, com pontos como exigência de ensino superior no concurso para todos os cargos e classificação da carreira como típica de Estado. O clima internamente é de insatisfação com a forma com que o tema vem sendo conduzido.

O movimento dos servidores do BC prejudica serviços e divulgações do órgão.