O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes prorrogou por 60 dias um inquérito sobre a fala do presidente Jair Bolsonaro que relaciona a vacinação contra a Covid-19 com a Aids. A decisão atende a um pedido da Polícia Federal.
Moraes tinha determinado a abertura de inquérito sobre Bolsonaro em dezembro de 2021, após solicitação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, no Senado. Naquele ano, o presidente fez uma transmissão ao vivo em que associava a vacinação ao desenvolvimento da Aids, o que é cientificamente incorreto.
Bolsonaro leu um texto atribuído a fontes oficiais do Reino Unido que ligavam a imunização contra a Covid-19 ao desenvolvimento da doença. No entanto, essa ligação não existe, as informações eram falsas e, por esse motivo, o vídeo foi removido pelo Facebook, pelo YouTube e pelo Instagram.
O relatório final da CPI da Pandemia avaliou que Bolsonaro cometeu crime, afirmando que declarações dele propagando notícias fraudulentas sobre a imunização contra o novo coronavírus aconteciam da mesma forma que esquemas de divulgação em massa nas redes sociais.