O rendimento médio dos trabalhadores gaúchos registrou uma queda de 6,4% em 2021, estimado em R$ 2.717, após ter atingido R$ 2.904 em 2020. Entretanto, a população ocupada cresceu 3,6%, passando de 5,2 para 5,3 milhões de pessoas, abaixo dos 5,6 milhões de pessoas de 2019. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Rendimento de todas as fontes 2021, e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O rendimento habitualmente recebido de todos os trabalhos resultou em uma massa mensal de rendimento de aproximadamente R$ 14,5 bilhões em 2021, 3,1% menor que a estimada para 2020. Das 27 unidades da federação, 16 acompanharam o movimento de retração, sendo a maior a da Bahia (-18,7%).
O índice de rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos foi de 0,445 em 2021, o menor valor da série histórica. Com a pandemia de Covid-19 e a redução brusca de ocupação, sobretudo entre os trabalhadores precariamente inseridos no mercado de trabalho, a desigualdade do rendimento do trabalho diminuiu, fazendo o índice cair a 0,462 em 2020 e a 0,445 em 2021.
De 2020 para 2021, o rendimento de outras fontes teve aumento de 3,3%, passando de R$1.714 para R$ 1.770. Em 2020, a queda havia sido de 13,1%, a maior da série histórica iniciada em 2012. No Rio Grande do Sul se observou o terceiro maior rendimento de outras fontes, enquanto no Distrito Federal estava o maior valor (R$ 2.843) e no Maranhão o menor (R$ 749).
Das 11,4 milhões de pessoas residentes no Rio Grande do Sul em 2021, 7,7 milhões (66,9%) tinham algum tipo de rendimento. 46,7% (5,3 milhões) tinha rendimento do trabalho e 28,1% (3,2 milhões) tinha rendimento proveniente de outras fontes. Frente a 2020, houve aumento da parcela com rendimento de trabalho, que era de 45,3% (5,2 milhões) no ano anterior, e redução do grupo com rendimento de outras outras fontes, que correspondia a 31,6% (3,6 milhões).