Cúpula das Américas: Biden vê acordo sobre “questões substantivas” após críticas a exclusão de líderes

Presidente norte-americano insistiu nesta quinta-feira que há unidade no encontro

Joe Biden. Foto: Reprodução/Twitter

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, insistiu nesta quinta-feira que há unidade na cúpula das Américas, depois que os líderes da Argentina e Belize o criticaram abertamente por excluir três líderes de esquerda. “Apesar de algumas divergências relacionadas à participação, em questões substantivas, o que ouvi foi quase unidade e uniformidade”, disse. As informações foram publicadas pela Agência France Presse (AFP).

Biden acrescentou ter observado “uma concordância quase total” em questões como gerenciamento de migração e combate às mudanças climáticas, e pediu mais discussões sobre os detalhes antes do encerramento da cúpula, nesta sexta.

O presidente americano se recusou a convidar os líderes esquerdistas de Cuba, Nicarágua e Venezuela, descrevendo-os como autocratas não bem-vindos em uma cúpula dedicada à democracia.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, recusou-se a comparecer em protesto. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, persuadido a comparecer após um telefonema de Biden, criticou a decisão na frente do presidente dos EUA na cúpula em Los Angeles. “Ser o país anfitrião da cúpula não concede a capacidade de impor um direito de admissão aos países membros do continente”, disse Fernández.

Mais tarde, Fernández apertou a mão de Biden – também criticado por Johnny Briceño, primeiro-ministro de um dos menores países da região, Belize. O dirigente disse ser “indesculpável” não convidar todos os países. Elogiando a exportação de médicos cubanos – uma prática que as autoridades americanas veem como tráfico – Briceno chamou as sanções americanas à ilha de “crime contra a humanidade”.