Dengue causa mais oito mortes no RS; total chega a 53 desde janeiro

Mais de 37,6 mil pessoas se contaminaram, a maioria - quase 32 mil - sem viajar

A Secretaria da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul confirmou mais oito óbitos pela dengue desde janeiro. Com isso, o total chega a 53, em 25 cidades gaúchas. Mais de 37,6 mil pessoas se contaminaram, a maioria – quase 32 mil – sem viajar. A Secretaria reitera que a prevenção deve ser feita eliminando locais com água parada, onde o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, se reproduz.

Em razão de uma instabilidade na exportação de dados do sistema de notificação federal (Sinan), os números da dengue permaneciam sem atualização desde 31 de maio. Os últimos óbitos registrados foram confirmados em Horizontina, Novo Hamburgo (três), Parobé, São Leopoldo (dois) e Seberi. Igrejinha e Novo Hamburgo foram, até o momento, os municípios com mais mortes – seis, cada -, seguidos de Horizontina (cinco) e Porto Alegre (quatro).

Em relação ao número de casos autóctones já confirmados – quando o paciente adoece sem viajar -, Lajeado lidera, com mais de 3,6 mil. Em seguida vêm Igrejinha, Porto Alegre, Horizontina, Dois Irmãos, Carazinho, Parobé, Santa Rosa e Rodeio Bonito, todos com mais de mil, até o momento.

Ainda conforme o acompanhamento da SES, havia nesta quarta-feira 50 pessoas internadas em razão da dengue, oito delas – seis adultos e duas crianças – em leitos de UTI.

Das 497 cidades gaúchas, só 50 ainda não foram consideradas infestadas pelo mosquito.

Sobre a dengue

Doença febril aguda, que pode apresentar um espectro clínico amplo: enquanto a maioria dos pacientes se recupera, uma pequena parte progride para doença grave.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, mas as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, correm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (maior que 38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele.

A forma grave da doença leva o paciente a desenvolver sangramento das mucosas, com dor abdominal intensa e contínua, náuseas e vômitos persistentes.