A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (AL/RS) promoveu, nesta quarta-feira (8), um ato em defesa à vida das mulheres. O evento híbrido, promovido pelo presidente da Casa, o deputado Valdeci Oliveira (PT), contou com a presença de autoridades – incluindo deputadas estaduais, vereadoras de Porto Alegre e delegadas da Polícia Civil.
Em pauta, estiveram ações institucionais da Assembleia que visam a proteção das gaúchas, como a Procuradoria da Mulher, o Movimento He for She e o Fórum Democrático. “É cruel percebemos que, em uma sociedade que avançou tanto, segue estagnada no respeito à vida das mulheres”, lamenta Oliveira.
A coordenação da Força-Tarefa de Combate aos Feminicídios apresentou os resultados parciais da segunda edição do relatório em que o grupo aponta causas e consequências da violência contra a mulher no Estado. A avaliação é de que, além da falta de políticas públicas eficazes, também há problemas na implementação das que já existem.
“Nós, homens, precisamos compreender que não podemos aceitar ninguém com esta visão autoritária, machista. Aquela velha história de que o gaúcho é o ‘machão’ não cabe mais. Este ato pode ser simbólico, mas também representa um compromisso da Assembleia Legislativa”, ressalta o presidente da Casa.
Violência em números
Segundo levantamento feito pelo movimento Levante Feminista, que entregou um dossiê ao deputado Valdeci Oliveira, 202 mulheres foram vítimas de feminicídio no Rio Grande do Sul desde o início de 2020. Ainda conforme o estudo, no mesmo período, outras 633 mulheres sofreram tentativas de feminicídio em território gaúcho.
