Focos de incêndio na Amazônia chegam a 2.287 em maio, maior volume para o mês em 18 anos

Detecção é a maior registrada desde dezembro e equivale a 45% do total apurado em 2022, mostra Inpe

Foto: Paulo Santos/2001/Amazônia Sob Pressão

A região da Amazônia totalizou 2.287 focos ativos de incêndio no mês de maio, o maior volume para o mês desde 2004 (3.131), segundo dados coletados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

De acordo com o levantamento desenvolvido a partir de satélites, o número de incêndios detectados no mês passado é o maior registrado em todos os meses deste ano e equivale a 45% do total apurado desde janeiro.

Na comparação anual, o número de focos de incêndio detectados pelo Inpe em maio é quase o dobro (96%) em relação ao mesmo mês de 2021. A média de verificações para o mês é de 1.014 queimadas.

Outros biomas

O sistema aponta ainda para um recorde de focos de incêndio no Cerrado, com 3.578 registros identificados no mês de maio. O número supera em 35% o apurado no mesmo período do ano passado (R$ 2.649) e supera o maior valor anterior, também de maio de 2014 (2.975).

No Pantanal, o número de focos de incêndio no mês mais do que triplicou (+213,3%) ao subir de 60 para 188. Com o número, o volume de queimadas no bioma já alcança 402 somente neste ano.

Já na Caatinga, os 143 focos confirmados pelo Inpe no mês passado equivalem a um número 22,3% inferior ao apurado no mesmo período do ano passado (189). No acumulado do ano, o bioma soma 550 queimadas.

Outro bioma que reduziu o volume de incêndios é a Mata Atlântica, com 480 casos registrados no mês passado, contra 990 focos contabilizados no ano passado. O número é o menor desde 2019.