Quase metade dos bares e restaurantes gaúchos tiveram lucro em abril, diz Abrasel/RS

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O cenário começa a melhorar para o setor de Alimentação Fora do Lar. Dados da última pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) revelam que quase metade dos bares e restaurantes gaúchos fecharam o mês de abril com lucro.

Conforme o levantamento, a fatia do segmento que registrou prejuízo foi de 20%, a mais baixa no ano, que já atingiu 6 em cada 10 estabelecimentos em janeiro. O contexto de melhora também se confirma na comparação com 2021, com 77% das empresas faturando mais neste ano.

Apesar da melhora, a inflação segue com uma preocupação para o ramo de gastronomia. A pesquisa mostra que 76% dos estabelecimentos não conseguiram reajustar os seus preços em linha com a inflação média. Entre eles, metade teve um reajuste abaixo e 29% não alteraram seus preços.

“Precisamos ajustar os valores em linha com a inflação, é o grande desafio do momento. O setor tem buscado repassar uma parte dos aumentos ao cardápio e tentando também uma redução de custos internamente”, afirma João Melo, presidente da Abrasel no RS.

A pesquisa também indica que o atraso nos impostos e o endividamento ainda preocupam. Metade dos estabelecimentos estão com parcelas do Simples Nacional em atraso. Destes, 59% pretendem aderir ao RELP e 76% têm receio de deixar o Simples. “Acreditamos que em maio deve ter uma melhora na adimplência das empresas por conta do limite de adesão ao RELP”, pontua o presidente da Abrasel no RS.

A pesquisa em números:

  • – 45 das empresas tiveram lucro em abril.  20% dos estabelecimentos fecharam o mês de abril no prejuízo. Média nacional é de 28%.
  • – 77% faturaram mais do que em abril de 2021.
  • – 76% não conseguiram reajustar os seus preços em linha com inflação média. Foram 51% com reajustes abaixo e 29% que não alteraram seus preços. Apenas 3% dizem ter feito reajuste acima da inflação de abril que acumulou 11,5% nos últimos 12 meses. Outros 17% dizem ter feito reajuste conforme a inflação.
  • – 50% têm parcelas do Simples Nacional em atrasos. Destes, 59% pretendem aderir ao RELP e 76% têm receio de sair do Simples.