Jean Coelho e Allan da Mota Rebello, ex-diretores executivo e de inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) dispensados da cúpula da corporação nesta terça-feira, vão assumir cargos de oficial de ligação e fazer um curso de mestrado no Colégio Interamericano de Defesa (CID), nos Estados Unidos.
O posto é tradicionalmente ocupado por policiais da Polícia Federal. Em abril, por exemplo, o agente Eduardo Benevides e o ex-diretor da PF Maurício Valeixo também foram liberados para estudar na instituição em Washington. O Portal da Transparência detalha que no mês de maio cada um deles recebeu US$ 21.784,00, o equivalente a cerca de R$ 100 mil, como ajuda de custo pelo início da missão. Esse valor também deve ser depositado para Coelho e Rebello.
A viagem para os Estados Unidos deve ser paga pelo governo federal com direito a transporte de mobiliário e bagagens. A lei também permite que os servidores levem acompanhantes para a missão, que deve durar dois anos.
Os ex-diretores deixarão o Brasil em meio à investigação do caso Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, que morreu durante abordagem policial dentro de uma viatura da PRF, em Sergipe, na última quarta-feira. Segundo a corporação, a dispensa de Coelho e Rebello não é uma resposta ao episódio, já que eles foram indicados pelo diretor-geral da corporação, Silvinei Vasques, para cargos nos Estados Unidos no dia 17 de maio – nove dias antes de Genivaldo morrer na ação policial.