O ministério da Saúde da Argentina confirmou neste domingo que foi detectado no país o primeiro caso suspeito da varíola do macaco. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo jornal La Nación.
De acordo com o ministério, o caso está em investigação e envolve um homem que esteve na Espanha e regressou para solo argentino ainda na semana passada. Ele passou por Buenos Aires e agora está isolado. Fontes da pasta relataram ainda que o paciente está em bom estado de saúde e recebendo o tratamento.
A partir das notificações internacionais e deste primeiro caso suspeito, o governo argentino formou uma equipe de trabalho para iniciar a vigilância da doença e gerar recomendações específicas para as equipes de saúde do restante do país.
A varíola do macaco raramente é identificada fora da África, mas até a última sexta-feira, havia 80 casos confirmados no mundo inteiro, incluindo ao menos dois nos Estados Unidos e outros 50 casos suspeitos. Embora a doença pertença à mesma família de vírus da varíola, seus sintomas são mais leves. Os infectados geralmente se recuperam em duas a quatro semanas sem hospitalização, mas, em algumas ocasiões, a doença é fatal.
Preocupação americana
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesse domingo que os casos recentes de varíola do macaco identificados na Europa e nos Estados Unidos são algo “para se preocupar”. “Caso se espalhar, teria consequências”, ressaltou, em sua primeira declaração pública sobre a doença.
O chefe de Estado norte-americano estava respondendo a uma pergunta sobre a doença enquanto conversava com repórteres na base aérea de Osan, na Coreia do Sul. Ele visitou as tropas locais antes de decolar para o Japão, em sua primeira visita oficial à Ásia como presidente.