“Sugestões das Forças Armadas não serão jogadas no lixo”, declara Bolsonaro

Presidente voltou a defender participação dos militares nas eleições e afirmou que pleito não pode ter "sombra da suspeição"

Foto: Alan Santos / PR / CP

O presidente Jair Bolsonaro disse, durante almoço oferecido pelo Congresso sobre mercado de carbono, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, que o país não pode ter um sistema eleitoral com a “sombra da suspeição”. Ele também reclamou que passa mais da metade do tempo se defendendo de “interferências indevidas” do Judiciário.

O chefe do Executivo também voltou a defender a participação das Forças Armadas no pleito deste ano dizendo que as sugestões feitas pelos militares não serão “jogadas no lixo”.

“Não podemos enfrentar um sistema eleitoral onde paire a sombra da suspeição”, disse. Na sequência, Bolsonaro voltou a defender a participação das Forças Armadas no pleito deste ano. Os militares realizaram uma série de sugestões no âmbito da Comissão de Transparência das Eleições, todas rejeitadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Em relatório técnico, a corte aponta erros de cálculo no documento enviado pelos militares para questionar a segurança das urnas e alega que já vêm sendo adotads várias das medidas indicadas como necessárias para ampliar a integridade do pleito.

Ainda nesta quinta, o vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou que, na Justiça Eleitoral, existe “vontade de democracia” e coragem para combater “aqueles que são contrários aos ideais constitucionais e republicanos”. Ele se manifestou durante a sessão plenária comemorativa dos 90 anos da Justiça Eleitoral.

Petrobras

Como o R7 adiantou, o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, também participou do almoço. A estatal é alvo de críticas feitas por Bolsonaro, que se recusou a comentar, no fim de semana, a possibilidade de mais uma troca no comando da empresa.

Em um vídeo publicado por um dos assessores em redes sociais, Bolsonaro discursou, durante o almoço, sobre o país ser uma potência agrícola, cujos trabalhadores “se empenharam e produziram”. Na fala, ele lançou uma provocação ao dirigente da estatal, pressionado a conter a alta nos preços dos combustíveis.

“Vamos continuar mantendo essa política, porque não foi fácil encontrar um Brasil, em 2019, com graves problemas éticos, morais e econômicos. E deixo bem claro, já que está aqui o presidente da Petrobras”, afirmou.