Grêmio só empata com o Criciúma e chega a três jogos sem vencer na Série B

Tricolor volta a jogar pouco, ouve vaias na Arena e segue fora do G-4 após 0 a 0 na noite desta quinta-feira

Grêmio joga pouco, só empata com o Criciúma e chega a três jogos sem vencer na Série B | Foto: Grêmio / Divulgação

O Grêmio segue preocupando seu torcedor. Na noite desta quinta-feira, recebeu o Criciúma na Arena, e uma vitória era inegociável para manter perseguição ao G-4 da Série B. No entanto, voltou a jogar pouco, ficou apenas no 0 a a 0, indo ao terceiro jogo consecutivo sem um resultado positivo e perdendo de vista os líderes da competição sob muitas vaias na Arena. Com o placar inalterado, o Tricolor permanece patinando na Série B, indo a 12 pontos, na 6ª posição. Até o fim da rodada, no entanto, pode cair na tabela de classificação.

O Grêmio repetiu uma constante nesta Série B e produziu pouco ofensivamente. No primeiro tempo, obrigou por duas vezes o goleiro Gustavo a fazer defesas. Na segunda etapa, uma grande chance para marcar, com Gabriel Silva, mas o placar se manteve zerado até o fim.

Na próxima rodada, o Grêmio joga fora de casa. Visita o Vila Nova, no Serra Dourada, em Goiânia, no domingo, 29, às 16h, em jogo válido pela 9ª rodada da Série B.

Primeiro tempo de poucas chances

Conforme já era esperado após a atuação ruim no empate em 1 a 1 diante do Ituano na segunda-feira, o técnico Roger Machado promoveu alterações na equipe. A primeira se impôs por necessidade física: com a lesão de Rodrigo Ferreira, Rodrigues voltou a ser improvisado na lateral direita. As outras foram de ordem técnica, com mudança no esquema: Gabriel Silva saiu do time, e Bittelo jogou mais aberto. No ataque, Roger também mexeu: encostou Elkeson, novo titular, no centroavante Diego Souza, aproximando a equipe de um 4-4-2 mais tradicional.

Mesmo sem adiantar as linhas, pedido antigo do torcedor para deixar mais desconfortável o time visitante, o Grêmio cedia espaço para os contragolpes e, após ensaiar bom começo, voltou a sofrer na marcação. Aos 13 minutos, em escapada de contra-ataque pela esquerda, a primeira chance do Tigre por pouco não resultou em gol. Bilu bateu cruzado e Hygor até se esticou no segundo pau para tentar alcançar, mas não chegou a tempo para abrir o placar.

Com dificuldades com a bola no pé, mais uma vez o Grêmio precisou apostar na bola parada. Só foi finalizar com perigo assim, aos 23 minutos, sempre com Diego Souza. Depois de boa cobrança de escanteio pela esquerda com Nícolas, o centroavante cabeceou para baixo, firme. O goleiro Gustavo precisou espalmar para cima e mandar pela linha de fundo para evitar o gol do Tricolor.

A partir dos 30 minutos, o Grêmio passou a apresentar um pouco mais de volume de jogo. Em duas oportunidades em sequência, o goleiro do Criciúma precisou trabalhar de novo para evitar a bola na rede. Primeiro, com Diego Souza, que saiu cara a cara com ele, perdendo grande chance. Depois, Rodrigues arriscou de fora da área e ele precisou mandar para escanteio de novo.

Mas se resumiu a isso. Em meio à bronca da torcida pelos passes fáceis errados e as bolas nas costas dos laterais, com o time descompactado, o Grêmio não criava. Na última boa chance da primeira etapa, Bitello até recebeu bom passe de Diego Souza. Mas, meio desequilibrado, bateu fraco, para a fácil defesa de Gustavo, mantendo o placar em 0 a 0 ao intervalo.

Grêmio pressiona no fim, mas não sai do 0 a 0

Apesar da pouca efetividade do Grêmio no primeiro tempo, o time de Roger Machado voltou igual para a segunda etapa. Pelo menos na formação, porque no aspecto técnico foi ainda pior. E não demorou muito para, logo aos 10 minutos, Roger fazer duas trocas. Promoveu as entradas de Campaz e Matheus Sarará. Saíram os apagados Lucas Silva e Rodrigues. O lateral improvisado, aliás, teve uma de suas piores atuações no setor.

A falta de verticalidade, mesmo com as trocas, prosseguiu. O time seguiu batendo na parede, insistindo em rodar a bola como vem sendo uma constante nos últimos dois anos, sem profundidade e verticalidade. O Criciúma, assim como já havia acontecido com a Chapecoense na Arena, começou a gostar do jogo e a insistir nos contra-ataques, especialmente com energia nova após a troca tripla do técnico Claudio Tencati.

Ainda assim, encontrou com Nicolas, pela esquerda, como válvula de escape na segunda etapa. Pelo setor, o Grêmio concentrava seus ataques. E na projeção de Villasanti ao ataque, pisando na área, o volante conseguiu concluir, após cruzamento na marca do pênalti. Aos 26, ele se projetou e mergulhou de peixinho para complementar, obrigando Gustavo a mais uma defesa firme.

Diante do 0 a 0 insistente no placar, Roger fez as duas últimas trocas com a pausa que lhe restava. Entraram os garotos Fernando Henrique no lugar do apagado Biel, que fez sua partida mais discreta nesta série B, e Villasanti, que teve boa atuação mas, percorrendo todos os trechos do campo, pareceu cansar já no fim do jogo.

No fim, o Grêmio até ensaiou uma pressão, um tanto desorganizada. Chegou a ter uma boa chance com Gabriel Silva, que recebeu na marca do pênalti e finalizou rasteiro, com a bola passando ao pé da trave direita do goleiro Gustavo. Mas ela não entrou, e o Grêmio chegou ao terceiro jogo sem vencer, deixando a Arena mais uma vez sob fortes vaias do já impaciente torcedor.

Campeonato Brasileiro da Série B – 8ª rodada

Grêmio 0

Brenno; Rodrigues (Campaz), Geromel, Bruno Alves e Nícolas; Villasanti (Fernando Henrique), Lucas Silva (Matheus Sarará), Biel (Gabriel Silva) e Bitello; Elkeson (Elias) e Diego Souza. Técnico: Roger Machado

Criciúma 0

Gustavo; Claudinho, Rodrigo, Rayan e Marcelo Hermes; Léo Costa, Arilson, Felipe Matheus (Rômulo) e Thiago Alagoano (Caio Dantas); Rafael Bilu (Eduardo Melo) e Hygor (Renan Bressan). Técnico: Claudio Tencati

Gols:

Arbitragem: Wilton Pereira Sampaio (SC)

Cartões amarelos: Lucas Silva (Grêmio); Hygor, Gustavo, Caio Dantas e Felipe Matheus (Criciúma)

Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS)

Data e hora: 19/05, às 19h

Público: 10.824 torcedores

Renda: R$ 354.112,00