Plataformas do Ministério da Saúde ficam fora do ar nesta terça

Órgão realiza manutenção em ao menos três sistemas, após acesso indevido, com previsão de retorno para as 16h ainda hoje

Aplicativo Conecte SUS. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Após uma “tentativa de acesso indevido”, ao menos três plataformas do Ministério da Saúde estão fora do ar nesta terça-feira (17). São elas: Conecte SUS, eSUS Notifica e SI-PNI. O Departamento de Informática do SUS (Datasus) identificou, nesta segunda-feira (16), uma tentativa de acesso indevido.

Para resguardar as informações, os acessos foram suspensos até que toda a análise seja realizada. Diante do ocorrido, o ministério informou que as plataformas se encontram em manutenção corretiva, com previsão de retorno às 16h. Segundo o órgão, o acesso indevido não causou impacto nos dados dos cidadãos.

Ataque hacker

No final do ano passado, o aplicativo Conecte SUS, que reúne dados de saúde dos brasileiros, inclusive sobre a vacinação contra a Covid-19, chegou a ficar 13 dias fora do ar após ataques de hackers aos sistemas do Ministério da Saúde. O primeiro ataque aconteceu no dia 10 de dezembro e deixou indisponível o eSUS Notifica, o SI-PNI (Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização) e o Conecte SUS.

Na madrugada do dia 12 para o dia 13 do mesmo mês, um novo ataque comprometeu emails, telefones e a intranet do ministério. Funcionários chegaram a ser dispensados do trabalho, e a PF (Polícia Federal) foi acionada para investigar a invasão.

Na época, um grupo chamado Lapsus$ reivindicou a autoria dos ataques cibernéticos. Em mensagem deixada pelos hackers, havia um pedido de resgate pelas informações armazenadas – um tipo de ataque denominado ransomware, em que o invasor insere em um sistema um código malicioso que torna os dados desse sistema inacessíveis, geralmente por meio de criptografia.

A principal característica desse tipo de ataque é que os crackers – nome utilizado para designar pessoas que têm conhecimentos de informática e os utilizam para fins de ataques – exigem dos donos dos dados um resgate para a devolução das informações.

O site do Ministério da Saúde não foi o único a sofrer ataque de hackers. A CGU (Controladoria-Geral da União) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) também tiveram invasões dos sistemas, que usam o mesmo serviço de computação em nuvem que é operado pela empresa Primesys, subsidiária da Embratel.

A CGU informou que não houve perda de dados, já que o órgão conta com backup. Na PRF, o incidente de segurança provocou indisponibilidade de alguns sistemas, entre eles o SEI (Sistema Eletrônico de Informações), mas sem ocorrência de vazamento de dados.