A circulação das doenças típicas de inverno, que começou mais cedo no Rio Grande do Sul em 2022, segue pressionando o sistema de saúde de Porto Alegre. Nesta terça-feira (17), o painel de monitoramento da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) voltou a indicar picos de superlotação nas emergências e pronto-atendimentos da cidade.
A situação mais crítica é a do Pronto-Atendimento da Bom Jesus, na zona Leste da Capital, que está operando com três vezes mais pacientes do que o adequado. O tempo de espera pode chegar a oito horas no local. A situação se repete, em menor escala, nos pronto-atendimentos Cruzeiro do Sul (258% de superlotação) e Lomba do Pinheiro (144%).
Já nas emergências, a procura supera a capacidade na Santa Casa de Misericórdia (175%), Hospital de Clínicas (169%) e Hospital Nossa Senhora da Conceição (131%). O Hospital Vila Nova atingiu a marca de 100% de lotação durante a manhã. Há vagas sobressalentes apenas no Hospital da Restinga, que opera 30% abaixo do limite máximo.
A falta de vagas se repete nas emergências pediátricas. O Hospital Municipal Presidente Vargas, por exemplo, recebe mais de dois pacientes para cada leito oferecido. No Clínicas, a superlotação é de 133%; enquanto isso, no Conceição e no Hospital da Restinga está na casa dos 125%.
Reforço
Porto Alegre inaugura, no final da tarde desta terça, mais uma emergência pediátrica com atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para ajudar a suprir a alta demanda por internações infantis. O espaço contará com dez leitos e funcionará no Hospital Vila Nova. Também serão entregues 30 leitos de enfermaria pediátrica e 33 leitos de saúde mental.