A Justiça de São Paulo manteve a prisão de Paulo Cupertino em audiência de custódia na tarde desta terça-feira. Após ficar foragido por quase três anos, o principal suspeito de ter matado o ator Rafael Miguel e os pais dele em junho de 2019 recusou ajuda de advogados e afirmou à polícia que vai provar inocência.
A análise sobre a manutenção da prisão preventiva coube ao juiz Fabio Pando de Matos. O magistrado afirmou na decisão que não se verificou “a existência de qualquer irregularidade apta a macular a legalidade do cumprimento da prisão, bem como não há elementos que permitam concluir ter havido tortura ou maus-tratos ou, ainda, descumprimento dos direitos constitucionais assegurados ao preso”.
O suspeito deixou a carceragem do 77° DP, na Santa Cecília, pela manhã, sendo encaminhado ao Fórum Criminal da Barra Funda, para a audiência de custódia. Antes de ser preso na tarde desta segunda-feira, o homem era considerado o criminoso mais procurado do estado de São Paulo. Cupertino havia sido visto pela última vez na cidade de Yataity del Norte, no Paraguai, em dezembro de 2020, quando testemunhas o reconheceram em uma fazenda de soja.
Segundo a delegada Ivalda Aleixo, o suspeito nega que tenha saído do país e alega que a polícia o “procurou no lugar errado”. Cupertino já havia sido denunciado pelo Ministério Público de São Paulo à Justiça. A acusação é de triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e impossibilidade de defesa das vítimas.
A prisão em flagrante ocorreu em um hotel localizado em Interlagos, na zona sul de São Paulo. Fãs do ator Rafael Miguel foram ao local, levando cartazes com a frase “Justiça nunca falha”.