Servidores do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) vão suspender atividades e protestar, em 19 de maio, por realinhamento salarial – entre outras reivindicações. Na mesma data, a categoria decide se vai ou não fazer greve por tempo indeterminado.
Serviços como a certificação de sementes, indenizações por granizo, pesquisa, extensão rural e divulgação de dados sobre o andamento das safras podem ser prejudicados em caso de paralisação.
Representantes da Secretaria da Agricultura (Seapdr) estiveram presentes em reunião com os servidores, nessa quinta-feira, quando prometeram, segundo o Sindsirga, a abertura de um canal de conversação. Também se comprometeram a buscar uma audiência, nos próximos dias, com o secretário de Planejamento, Governança e Gestão, Cláudio Gastal.
O Sindsirga também exigiu da Secretaria o envio de um cronograma para a aprovação do projeto de realinhamento salarial dos servidores, com prazo que se encerra em 4 de julho, obedecendo a lei eleitoral. “Esperamos que até a próxima assembleia da categoria, a Seapdr nos atualize sobre o processo de realinhamento. Até o momento, sequer sabemos qual é a proposta, não sabemos percentuais, números, nada. A categoria entendeu a reunião da manhã de hoje como um gesto positivo por parte da Secretaria da Agricultura. Por isso decidimos, por enquanto, por apenas um dia de paralisação”, ressalta Michel Kelbert, presidente do Sindsirga.
Já o presidente do Irga, Rodrigo Machado, vê o diálogo com a Secretaria com positividade. “Embora as pessoas estejam angustiadas, temos que ter serenidade, calma, respeito e lealdade. A gente discutiu com eles e as coisas estão andando”, considera. Segundo ele, as manifestações dos servidores são democráticas e ocorrem dentro da normalidade. “Ninguém vai impedir ninguém de fazer manifestação”, completa.
Para Machado, o assunto é urgente e o sindicato deu voto de confiança ao Conselho Deliberativo do instituto e ao governo. De acordo com o dirigente, porém, para atender as demandas, “primeiro temos que ver a adesão [do RS] ao regime de recuperação fiscal”.
Além do reajuste salarial, que não ocorre desde 2012, o sindicato exige, entre outros itens de pauta, promoção por tempo de serviço e organização de um concurso para suprir vagas em aberto.