Coronavac deixa de ser usada se, em um ano, não obtiver registro definitivo

Decisão da Anvisa mantém até 2023 autorização de uso emergencial de produtos liberados durante o decreto de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional

Foto: Patrícia Coelho/Divulgação SMS/PMPA

Uma decisão da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afeta diretamente a Coronavac, única vacina contra a Covid-19 aplicada no país ainda com a autorização emergencial. Fiocruz/AstraZeneca, Pfizer e Janssen já receberam registro definitivo.

Em reunião nesta quinta-feira, a agência reguladora permitiu que, assim como a vacina, todos os produtos contra a Covid-19 que tenham recebido esse tipo de autorização – concedida durante a vigência da Espin (Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional) – solicitem em até um ano o registro sanitário. Caso contrário, não poderão mais ser usados no país.

“O principal objetivo da medida é de não impactar o fornecimento de vacinas e medicamentos contra a Covid-19 à população brasileira”, argumentou a Anvisa em nota. Em tese, o fim da Espin extinguia, de imediato, a validade das autorizações de uso emergencial.

A Coronavac, juntamente com a vacina Fiocruz/AstraZeneca, recebeu autorização de uso emergencial em janeiro de 2021, mas, ao contrário da segunda, até hoje nunca conseguiu o registro sanitário definitivo. O imunizante vem sendo aplicado principalmente em crianças e adolescentes, após a extensão da autorização, pela Agência, em janeiro deste ano.