A prefeitura de Porto Alegre quer que a despoluição do Arroio Dilúvio, na avenida Ipiranga, cause uma transformação ambiental e urbanística na cidade. O prefeito Sebastião Melo (MDB) anunciou, nessa terça-feira, o início dos estudos para a licitação de contratação de projetos para a Operação Urbana Consorciada na região.
Com o instrumento urbanístico, vai ser possível construir um parque linear e despoluir o Arroio Dilúvio. “Queremos seguir o exemplo da capital dinamarquesa de despoluição e reutilização de canais que eram degradados há alguns anos, hoje com perfeita integração com a vida urbana (…) Seguiremos no caminho da parceria, que está no DNA da nossa gestão, para atrair investimentos ao entorno da Ipiranga e assim viabilizar essa transformação em Porto Alegre”, enfatizou o prefeito, que coordena a comitiva municipal que viajou a Copenhague, na Dinamarca.
Depois de décadas recebendo toneladas de esgoto e dejetos da indústria, os arroios foram transformados na cidade europeia. As redes de água e esgoto foram refeitas, e o lixo passou a ser reciclado e incinerado. Barreiras de transbordamento foram instaladas, e um complexo sistema de alarmes de monitoramento de marés, implantado. Hoje, moradores e turistas podem nadar em piscinas públicas artificiais em Copenhague.
“Estamos trabalhando na revitalização ambiental e urbana de um curso d`água, com impactos positivos na resiliência da cidade, adaptação aos efeitos negativos das mudanças climáticas e revitalização urbana de toda a região”, afirmou o secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm.
A diretora de Políticas e Projetos de Sustentabilidade da Smamus, Rovana Reale Bortolini, disse que a Operação Urbana Consorciada deve permitir a transformação ambiental e urbanística da área, resgatando o Arroio Dilúvio, proporcionando um local de lazer para a população e impulsionando o adensamento e revitalização urbana ao longo da avenida Ipiranga.