Definidas datas dos julgamentos dos nove réus do caso Ronei Jr.

Juiz de Charqueadas definiu que acusados vão a júri popular entre os meses de junho e julho

Foto: Arquivo pessoal / CP Memória

O juiz Jonathan Cassou dos Santos, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Charqueadas, definiu nesta quarta-feira as datas dos júris populares dos réus envolvidos na morte de Ronei Jr, espancado e morto, aos 17 anos, na saída de uma festa, em agosto de 2015, no município da região Carbonífera.

O julgamento dos réus Peterson Patric Silveira Oliveira, Vinicius Adonais Carvalho da Silva e Leonardo Macedo da Cunha deve se iniciar em 22 de junho, com previsão de dois dias de duração, podendo se estender além disso, caso necessário.

Em janeiro de 2020, depois de três dias de julgamento, o Judiciário de Charqueadas dissolveu o júri desses três réus em função de uma dúvida suscitada por um dos jurados ao fim da fase de debates. O objetivo era verificar se a síndrome da qual Ronei Jr. era acometido, que causa problema de coagulação, pode ter influenciado na morte, ou se os golpes de garrafa contra a cabeça do jovem foram suficientes para provocar o óbito.

Para outros três réus – Alisson Barbosa Cavalheiro, Geovani Silva de Souza e Volnei Pereira de Araújo -, o juiz marcou a data de 4 de julho para o início do julgamento, também com duração mínima de dois dias e no Foro da comarca local.

Já os demais acusados – Matheus Simão Alves, Cristian Silveira Sampaio e Jhonata Paulino da Silva Hammes – vão ser julgados a partir de 11 de julho.

O sorteio dos jurados para o julgamento do dia 22 ocorre em 3 de junho. Para os demais, o juiz marcou a data de 20 de junho.

Conforme o Judiciário, os oito réus tiveram as prisões preventivas revogadas por um mesmo habeas corpus, tendo sido postos em liberdade entre os dias 14 e 15 de abril deste ano. Já o nono réu, que cumpria regime domiciliar, também teve a prisão revogada na mesma data. Mesmo fora do sistema prisional, todos cumprem medidas cautelares impostas pelo juiz.

Ronei Jr. morreu vítima de socos, chutes e garrafadas na saída de um clube, onde ocorria um evento para arrecadar fundos para a formatura do ensino médio. O próprio pai da vítima, também atacado, ficou ferido, junto com um casal de amigos do filho.

Além dos nove réus, mais sete menores de idade na época participaram do crime. Eles cumpriram em torno de dois anos de pena e também foram postos em liberdade.