Covid: taxa de positividade de testes em farmácias sobe de 9,6% para 15,3%

Associação do setor informou que, de 67,3 mil exames realizados, mais de 10,3 mil confirmaram infecção pelo vírus

Foto: Guilherme Almeida/CP

Diante das medidas de relaxamento contra a Covid-19, como o fim da obrigatoriedade das máscaras em diferentes regiões do país, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) registrou aumento na taxa de testes positivos em farmácias, divulgou nesta segunda-feira a Agência Estado.

O índice saltou de 9,65%, na semana entre 11 e 17 de abril, para 15,3% na semana entre 18 e 24 de abril – dados mais recentes. Nos últimos dias, figuras públicas como o pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) e o pré-candidato a vice-presidência Geraldo Alckmin (PSB) foram diagnosticados com a Covid-19

Conforme a Abrafarma, foram 67.314 testes rápidos realizados, dos quais 10.307 indicaram diagnóstico para o novo coronavírus. Já entre 11 e 17 de abril, foram registrados 5.677.

Segundo a entidade, o aumento de casos coincide com a flexibilização de medidas no combate ao novo coronavírus.

Especialistas dizem que o risco de um novo tsunami de infecções é baixo, diante das elevadas taxas de vacinação no país, mas é possível que o número de casos siga aumentando.

Embora grande parte da população tenha tomado a vacina, médicos advertem para a importância de tomar a dose de reforço – no caso dos adultos, a terceira, e no caso dos idosos ou imunossuprimidos, a quarta injeção. Além disso, recomenda-se aos grupos vulneráveis evitar aglomerações e usar máscaras em ambiente fechado.

Quase 90% de testes negativos em abril
Com relação aos autotestes comercializados em farmácias, a Abrafarma divulga que 88% dos autotestes realizados no Brasil, entre março e abril deste ano, deram negativos, com variação na taxa de positivos entre os estados de 11% a 35%.

Entre os que mais vendem autotestes aparecem São Paulo, Rio Gande do Sul, Paraná, Minas, Santa Catarina, Rio e Bahia. Mais de 70% dos usuários do autoteste relataram sintomas, sendo a taxa de resultados positivos quatro vezes maior nessas pessoas em comparação com pessoas assintomáticas, completa a Abrafarma.